quinta-feira, 1 de julho de 2010

Quer conhecer uma pessoa à fundo ? viaje com ela !

Dizem que para você conhecer de verdade uma pessoa é preciso viajar com ela. Porque é numa viagem que as angústias, medos, egoísmos e (in) tolerâncias se afloram rapidamente. Afinal de contas, ninguém quer perder tempo fazendo média numa estadia rápida num lugar aonde provavelmente você não vai mais voltar tão cedo, certo?

Pois bem, como este espaço também é uma espécie de prestador de serviço social e como, humildemente, tenho experiências (boas, neutras e ruins) de viagens com amigos ou conhecidos, resolvi quebrar esta para vocês. Assim sendo, passo aqui, nas próximas linhas, dez cuidados preciosos que você deve ter para evitar (ou diminuir) encheção de saco em uma viagem que tinha tudo para ser a melhor de sua vida. Todas elas, em resumo, são até desnecessárias se você tem uma boa conversa e conhece bastante o companheiro de viagem antes de embarcarem. Mas vamos lá:

1) Não viaje com gente fresca.
Às vezes a pessoa é maravilhosa, divertida, inteligente, agradável. Até mesmo um “irmão”. Mas, meu amigo, para viajar, a pessoa é fresca. Mimadinha. Pirracenta. Só quer ficar em hotel confortável. Não gosta de caminhar. Só gosta de andar de táxi. Quer comer sempre no melhor restaurante. E fazer compras. Muitas compras. Pessoas assim tendem a fazer da sua viagem algo caríssimo e, sobretudo, insuportável caso algo saia da programação (desabe uma chuva inesperada, a mala não chegue, o pneu do carro fure, o ônibus quebre na estrada etc). Pode ter certeza: se algo sair errado, além de não te ajudar em nada, essa pessoa vai ficar te amaldiçoando e carregando o ambiente. Fuja disso!!!

2) Programas diferentes.
Converse bastante com o seu parceiro de viagem antes para deixar bem claro que vocês não precisam estar juntos até na hora de trocar as cuecas. Nem têm de ir para os mesmos museus, parques de diversões, bares e programas o tempo todo. Se você tem tolerância para fazer algo diferente sem se incomodar tudo bem. Mas fazer programa que você não está a fim é uma merda. “Cara, vai lá no seu museu de arte contemporânea hoje, que eu vou visitar o Maracanã. No fim do dia a gente se encontra para tomar um chop, beleza?”. Acredite. Isso até torna mais agradável a companhia do outro. Programa diferente significa experiência diferente pra contar no fim do dia.

3) Pindaíba não.
Viajar sem frescura é uma coisa. Agora, viajar com gente que não tem grana para comer nada fora do salgadinho congelado e batata chips do mercadinho e nem para fazer nenhum programa básico é o fim do mundo. Imagina você ir a Paris e não poder entrar no Louvre? Ou a ir ao Rio de Janeiro pela primeira vez e não subir no Cristo ou no Pão-de-açúcar? É uma merda. E é tenso. O viajante sem grana só pensa nisso. A decisão para fazer um programa A ou B não passa em nenhum momento pelo nível de interesse ou atratividade. É somente “quanto vai custar”. É monotemático e chato. E é frustrante demais você ir a um baita lugar e não poder sequer jantar num restaurante bacana ou tomar umas no pub mais tradicional da cidade. “Ah não, vamos comprar no supermercado e ficar bebendo no meio da rua ou na casa de alguém porque é mais barato”. Sem contar que se algo der errado, se o cartão dele não passar, se ele não tiver grana trocada, se ele tiver calculado mal o quanto tinha de ter levado para ali, cara, a conta vai sobrar pra você. O viajante sem grana, até por instinto de sobrevivência, é um malandro de primeira linha. Sempre vai querer se dar bem. Eu não dou conta.

4) Egoísmo na hora do imprevisto.
Isso é até desagradável. Se você tem iniciativa para propor programas e passeios inusitados e a pessoa não coloca objeção, subentende-se que está tudo bem, certo? Errado. Na hora que o seu programa revelar-se não tão legal (para aquela pessoa), é que você vai ter noção real do egoísmo do seu amigo (a). Viajar junto para uma ilha paradisíaca com tudo pago e acertado é fácil. Todo mundo se ama. Quero ver se no meio de um passeio de barco que você inventou de fazer de tarde, o barco quebra em alto mar. Mesmo que tudo esteja sob controle, tem gente que insiste em carregar o ambiente e jogar a culpa em você por conta desses imprevistos. É nessa hora, da dificuldade, que a pessoa mostra o verdadeiro caráter e (falta de) companheirismo.

5) Fumar sim, mas longe de mim.
Já viajei com um baita amigo fumante. Aliás, foram várias viagens nesse esquema. Eu detesto fumaça, não fumo e tenho raiva de quem fuma em ambiente fechado. Para evitar problemas, não fique se remoendo: fale logo de cara que é pro sujeito ir fumar longe de você, se tiverem no quarto do hotel ou em algum lugar onde não haja circulação de ar.

Fonte : Totalmente sem Noção

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